Comunidade Indígena Limão Verde inicia na sexta-feira projeto de agrofloresta
Com diversos parceiros, comunidade indígena lança projeto que busca integrar práticas de conservação ambiental com o conhecimento tradicional
22/05/2025 20:29
Com o objetivo de promover a restauração produtiva e a sustentabilidade, a comunidade indígena Terena da Aldeia Limão Verde, localizada no município de Aquidauana, lança na sexta-feira (23), às 8h30, o projeto “Semeando o Futuro”.
A iniciativa busca integrar práticas de conservação ambiental com o conhecimento tradicional indígena. O objetivo é impulsionar o reflorestamento ecológico e produtivo do Cerrado sul-mato-grossense e garantir a segurança alimentar da comunidade.
O projeto atua em três frentes essenciais: a preservação da biodiversidade, o fortalecimento da cultura Terena e a promoção da segurança alimentar.
Durante sua execução, os membros da comunidade estão engajados na coleta, identificação e no uso de sementes de espécies nativas do Cerrado, como baru, ingá, jatobá, jenipapo e pequi.
O projeto prevê o plantio dessas espécies estrategicamente com o sistema produtivo. Este sistema inclui, nas entrelinhas, cultivos fundamentais para a subsistência, como banana, mandioca, café, guavira, mamão e diversas hortaliças. Assim, cria-se um modelo agroflorestal sustentável.
O cacique da Aldeia Limão Verde, Ademilson Souza, afirmou que a iniciativa representa um marco de autonomia e valorização cultural. Estão plantando as sementes do futuro com a sabedoria dos mais velhos e o entusiasmo dos jovens. Com isso, protegem a terra e transmitem o valor da cultura e da natureza às futuras gerações.
Projeto tem parcerias diversas
A iniciativa conta com apoio de diversas instituições. O Governo do Estado e a Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação) são parceiros fundamentais. O financiamento é provido pela Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul).
Já a assistência técnica é garantida pela Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural). Há ainda a colaboração do viveiro BR Gardens, da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) e da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).
Além das ações de campo, o projeto “Semeando o Futuro” prevê a criação de viveiros comunitários, visando à produção contínua de mudas para reflorestamento e cultivo. Também estão sendo oferecidas capacitações para coletores de sementes. Isso não apenas fortalece o conhecimento local, mas também abre caminhos para a geração de renda através da venda de sementes nativas.
Fonte:midiamax.uol.com.br
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